Como fazer compostagem doméstica: passo-a-passo

Uma das formas de reciclagem de resíduos sólidos orgânicos domésticos é a compostagem, um processo 100% biológico onde microorganismos convertem materiais orgânicos num material húmido que pode ser utilizado como adubo. Este processo é simples, económico e sustentável — aproveite os restos de comida e do jardim e faça, de forma cómoda e fácil, o seu próprio fertilizante!

Primeiro que tudo, é importante distinguir o que pode - ou não - ser compostado. Os exemplos mais comuns são os restos de frutas, legumes e verduras mas, para além disso, as cascas, grãos, sementes, borras e filtros de café, bem como saquinhos de chá também podem ser compostados. As possibilidades são infinitas!

Lista de resíduos que podem ser compostados:

VERDES

- Folhas verdes
- Restos de vegetais crus e frutas
- Restos de relva cortada
- Borras de café e sacos de chá
- Restos de plantas (sem doenças nem pesticidas)
- Hortaliças
- Cascas de ovo esmagadas
- Pão
- Flores

CASTANHOS

- Folhas secas e serradura
- Palha e erva seca
- Pequenos ramos
- Restos de frutos secos
- Cascas de batata
- Agulhas de pinheiro
- Guardanapos ou outros papéis não plastificados

Lista de resíduos que NÃO podem ser compostados:

- Restos de comida cozinhada (carne, osso, peixe)
- Plantas doentes ou com sementes
- Cortiça
- Carvão, cinzas e pontas de cigarro
- Produtos lácteos
- Produtos gordos (queijo, manteiga ou molhos)
- Restos de plantas tratadas (com fertilizante ou outros produtos químicos)
- Excrementos de animais domésticos

Para que a compostagem seja feita corretamente, é essencial ter a maior diversidade de resíduos possível, e numa proporção igual entre castanhos e verdes. Agora que já sabe o que entra na sua compostagem doméstica, é importante perceber onde e como compostar os seus resíduos orgânicos.

Como fazer um compostor?

Existem inúmeras formas de compostar, sendo que as 3 principais incluem a construção de um compostor caseiro, a abertura de um buraco na terra, ou a compra de um compostor. Esta última hipótese é a mais recomendada para espaços limitados ou compactos, como apartamentos. O local do compostor deve ser de fácil acesso, protegido do vento e com uma fonte de água próxima. Deve também estar em contacto com a terra para uma boa drenagem.

1. Construir o seu próprio compostor
Para fazer um compostor, basta construir uma caixa em madeira. Pode usar, por exemplo, quatro paletas de madeira. Ponha à prova a sua imaginação!

2. Fazer um buraco na terra
Faça o buraco com um tamanho apropriado à quantidade de resíduos gerados. Deve colocar placas de madeira ou uma caixa sem fundo, para suportar a estrutura. Depois, deve colocar os resíduos orgânicos e tapar com folhas secas, ou serragem, para evitar o mau cheiro. Lembre-se que deve regar a sua composteira, da mesma forma que regaria uma planta! Ultimamente, deve revirar os resíduos de 15 em 15 dias, para ajudar no processo de decomposição.

3. Comprar um compostor
O compostor é o recipiente onde são armazenados todos os resíduos orgânicos, e podem ser adquiridos na maior parte das lojas dedicadas à agricultura, horta, jardinagem ou até mesmo de materiais para a casa. No processo de escolha, deve ter em atenção fatores como o espaço para recirculação do ar, orifícios com o tamanho adequado para a entrada de minhocas e outros microorganismos, e também a capacidade de absorção das escorrências. Deve escolher um compostor que permita oxigenar suficientemente os detritos, para que não produza odores fortes e elevada libertação de gases durante a decomposição do resíduo biodegradável.

Produto final - Composto

Ao fim de alguns meses, os resíduos colocados na compostagem transformam-se em composto - um material orgânico com aspeto de terra, escuro, sem odor e um excelente fertilizante. O tempo que demora a produzir este composto varia consoante o acompanhamento dado a este processo.

Onde posso utilizar o composto?

O composto pode ser misturado, utilizando uma dose de 1% relativamente ao solo, isto é, 100g num vaso de 10 kg de solo. Se o composto for muito fresco - pouco maturado - ou muito rico em azoto, as quantidades devem ser reduzidas para metade.

Hortas e jardins – pode servir como cobertura ou incorporado no solo;
Vasos e sementeiras – duas vezes por ano, início das épocas de produção de outono/inverno e primavera/verão.

Vale mesmo a pena fazer compostagem doméstica?

A sustentabilidade ambiental é um dos principais desafios do século XXI. Tem vindo a tornar-se um ponto de interesse nas políticas globais e também dos cidadãos que se preocupam com a redução da sua pega ecológica.

A compostagem permite dar uma nova vida aos seus resíduos… ao mesmo tempo que ajuda o planeta! Todos os restos de comida, folhas do jardim ou plantas renascem através deste processo, que está ao alcance de qualquer um e é 100% natural!

As vantagens são óbvias - redução dos resíduos em aterro e, consequentemente, das emissões de gases, substituição do uso de adubos químicos, e facilita o retorno da matéria orgânica de forma útil. De que está à espera? Comece hoje mesmo a compostar e conte-nos por si mesmo, nos comentários, como correu a experiência. Vamos a isso!

Produtos Silvex que podem ser compostados: